Odontologia no Esporte.
Pouco se fala a respeito da relação entre a saúde bucal e a prática de atividade física a nível profissional. Acredito que, mais por falta de informação do que por falta de interesse.
Como torcedor de futebol e praticante de surf, sempre me pego comparando os dois esportes na questão de estrutura, condições de trabalho, mercado, valores, etc. Um aspecto que poucos se atentam é o da saúde do atleta de surf.
No futebol, todo início de ano, os atletas se apresentam para uma pré temporada onde são realizadas avaliações físicas e clínicas onde já são detectados problemas físicos ou de saúde que possam atrapalhar o desempenho ou a recuperação do atleta após um treinamento intenso (como acontecem nas pré temporadas), e também já é realizado um plano de treinamentos para que o atleta suporte a maratona de treinos, jogos e viagens.
No surf, a maioria desse tipo de preocupação fica por conta do próprio atleta que tem a mesma maratona de treinos, viagens e competições, mas não pode contar com um banco de reservas. Ele sempre deverá estar no melhor da sua condição física e será o único responsável caso isso não aconteça, e muitas vezes por falta de informação, alguns aspectos passam batidos no cuidado que o atleta deve ter em relação a sua saúde geral. O aspecto da saúde bucal é um dos que mais comumente passam batidos.
Poucos sabem, por exemplo, que entre os produtos produzidos pelas bactérias em lesões de cárie, está o lactato. Este ácido está diretamente associado às dores musculares pós atividade física. Não que aquele que não tenha cárie não possa ter dores musculares, mas em se tratando da recuperação de um atleta que engata uma viagem a outra, uma competição a outra, cada detalhe, por menor que seja pode ser decisivo.
Outro aspecto importante é o das lesões à distância. Existem estudos que comprovam que uma lesão de joelho, por exemplo, pode ter seu tratamento e cura prejudicados por uma infecção bucal, que muitas vezes acontece silenciosa na forma de uma gengivite, sem causar nenhum tipo de desconforto, que leva o atleta a achar que está tudo em ordem com sua saúde oral.
E tudo isso sem falar da dor que pode pegar o atleta de surpresa durante uma viagem como aconteceu a pouco com Danilo Rodrigo (o Mulinha) na final do LQS de Huanchaco no Peru, onde o atleta teve de sair do mar faltando 6 minutos para o término da bateria por não agüentar mais de dor de dente.
Algumas semanas antes disso ocorrer, eu (Bruno Mendes), o Técnico e Preparador Físico Rogério Mello e o Shaper Filipe Blanco, já vínhamos conversando na intenção de difundir essa idéia da necessidade da prevenção e correção de problemas bucais no intuito de minimizar ou de até mesmo eliminar qualquer problema desta natureza que possa atrapalhar a recuperação ou o desempenho do atleta durante a competição ou o período de treinamentos.
O resultado vem sendo positivo com os surfistas profissionais, Danilo Costa, Douglas Noronha e Magno Pacheco. Conclui, Bruno Mendes.
“A idéia do Bruno em realizar esse trabalho com atletas realmente é muito boa, e isso só mostra que o nosso esporte está sendo cada vez mais valorizado, o nível está cada vez maior e cada vez mais parecido, em muitas competições você perde ou vence por detalhes, e dor de dente pode ser um desses detalhes, agradeço ele por fazer parte desse grupo.” Conclui, Douglas Noronha.
O Periodontista e Implantodontista BRUNO GOMES MENDES (CRO – SP 75269), atende na Rua: Doutor Batista Pereira, nº 242, Macuco – Santos – S.P.
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Tel: (13) 3307-0960.
D.N.
Texto: Bruno Mendes.